sábado, 21 de junho de 2008

A disciplina oriental e a saúde Mundial


Todos nós, uns menos outros mais, têm conhecimento da cultura oriental e da sua disciplina. Vou falar no caso concreto do Japão, sabemos através de filmes, que desde dos primordios da sua história tiveram a disciplina sempre presente.
O periodo Shogun (tempo em que os samurais foram soberanos no País - cerca de 700 anos) em que imperava o Bushido (o caminho do guerreiro). Nesta epóca o erro era impensável, alguém que falha-se preferia matar-se (o famoso Sepukku), mais valia morrer com honra que que viver sem honra.
Em 1867 acabou o periodo Shogun, o Imperador voltou ao poder mas a disciplina e a prevalência da honra continou, quem não se lembra dos Kamikaze (os pilotos suicidas da segunda guerra mundial que despenhavam os seus aviões contra os barcos americanos).
Estes dados não têm só a ver com a disciplina, mas também a uma obediência cega a um certo número de principios, muitas vezes questionáveis em termos estrátegicos (não sei se um piloto morto dá mais jeito que um piloto vivo, enfim...), já dizia Sun Tzu "Táctica sem estratégia é o ruído antes da derrota".
Mas afinal porque razão estou eu aqui a debitar excertos da história japonesa? Tudo isto porque li uma noticia curiosa acerca do Japão - empresas e autarquias são agora obrigadas a medir a cintura de trabalhadores entre os 40 e os 74 anos, e quem apresente mais barriga que o autorizado pelo governo (85 cm os homens e 89 as mulheres) tem três meses para emagrecer sob a pena de ser sujeito a um programa de reeducação.

Imaginem lá isto em Portugal? eu nem quero arriscar a percentagem de pessoas que passava neste teste (mas seria miníma concerteza). O certo é que os custos nos cuidados de saúde iria diminuir com toda a certeza (e a tristeza de não poder emborcar uma grade de cerveja ao final de um dia de trabalho iria aumentar). Não levava isto tanto a peito, mas se as pessoas não têm cuidado com a própria saúde deviam ser responsabilizadas por isso.

E isto já está acontecer (não só no japão), por exemplo em Inglaterra os fumadores arriscam-se a perder o direito a cuidados médicos, na europa e nos EUA as companhias aéreas preparam-se para cobrar bilhetes mais caros aos gordos. Discriminação? talvez em alguns casos, mas uma coisa é ter uma doença que nós mantêm gordinhos, outra é sermos desleixados e descuidados.

Dá que pensar!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Para onde remar?

Acredito na metodologia e na organização, quer a nível profissional quer a nível pessoal. Temos de ser disciplinados para conseguir atingir objectivos, e mais importante do que tudo isso é ter objectivos definidos.
Muitas vezes andamos a deriva, a remar contra a maré, mas estamos a remar contra a maré por remar e não por querer chegar à margem esquerda ou à margem direita do Rio, ou quem sabe até a nascente. O que acontece à quem rema sem destino? Acaba por ficar cansado, vai perdendo as forças e acaba por afogar-se.

E tu remas para aonde?

quinta-feira, 27 de março de 2008

Uma cápsula J. F. Kennedy

Durante o meu dia de trabalho contacto com muitas pessoas, pequenos e médios empresários e pessoas que trabalham na restauração e na industria alimentar. O pessimismo e a velhice do restelo impera em muitos deles, dizendo que a vida está muito dificil, a ASAE é a nova PIDE, etc...Uma autêntica lavagem cerebral.
O mais preocupante é que isto é um espelho do resto da sociedade Portuguesa, acho que uma boa opção era tomar uma cápsula J.F.K

"And so, ly fellow Americans, ask not what your country can do for you, ask what you can do for your country"

"Do not pray for easy lives. Pray to be stronger men"

Mais palavras para que....

domingo, 9 de março de 2008

Lev Tolstoi


Recentemente e após ver um filme (Into the wild - O lado selvagem) despertou-me a curiosidade para um escritor - Lev Tolstoi. Este nome já me tinha surgido em outras ocasiões, mas desta vez estava decidido a ler qualquer coisa dele, rapidamente comecei a procurar algo deste autor nas livrarias, tenho que confessar que a inicio não foi muito fácil, mas lá encontrei - A morte de Ivan Ilitch, livro pequeno, com grafismo apelativo (foi reeditado recentemente) e preço agrádavel.

O prefácio abriu-me o apetite - "uma das maiores obras do espirito humano", comecei a ler e deparei-me com uma escrita magistral - A morte de Ivan Ilicth é um retrato implacável da nossa condição "não há sentimento que nele não figure, não há emoção que não esteja presente", tenho que confessar que por vezes a angústia do Ivan é tão forte e tão perfeitamente descrita que comove, toca-nos no mais íntimo do nosso ser.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Valorizar o conforto com o deconforto.


Só consigo valorizar o conforto e todos os luxos da nossa sociedade, testando o desconforto. Quando está um dia de tempestade, em que podemos sentir a mãe natureza no seu estado de mais embriagada beleza, é quando eu me sinto mais tentado a sair de todo o nosso conforto. Sentir o vento a acariciar-me a cara, a chuva a pingar-me dos cabelos e o frio a apertar-me as mãos. Sinto-me verdadeiramente vivo nessas situações. Um pouco como uma frase de uma marca de renome " a storm is coming, enjoy it"

Depois sim, posso dar valor a um par de peúgas secas e uma chávena de chá. Acho que ter o conforto como garantido, sem testar o desconforto é uma das causas de maior desconforto espiritual das sociedades de hoje em dia. Isso e o facto de estar-se a perder a ligação com a mãe natureza, secalhar é melhor voltar-mos a ser druídas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Use it, or loose it


Nos dias de hoje há uma tendência enorme para guardar tudo, revistas para ler mais tarde, calças que agora me ficam apertadas, os mais variados utensilios e geringonças, que aspiramos voltar a usar um dia. Eu próprio durante muito anos guardei montes de coisas na esperança de voltar a usa-las, ou lê-las, mas agora aplico esta máxima - Use it or loose it, a roupa que não uso dou a quem precise dela, os livros que li e não me marcaram tento vendê-los ou oferece-los, entre muitas outras coisas, deixei de acumular montes e montes de tralha sem a miníma utilidade.

Lembro-me de uma interacção de grupos que fiz num curso de linguas, que consistia no seguinte - A nossa casa estava a arder, tinhas tempo para tirar duas ou três coisas, o que tu tiravas? ainda me lembro do que escolhi - o portátil e a prancha de surf, de certeza que não ia buscar o primeiro número da QUO que estava numa caixa debaixo da cama.

A vida só faz sentido se conseguir fazer uma mala em 15 min, por isso é que eu gosto dos nómadas, "os laços que os unem à Terra são efémeros e eles têm poucos bens. Se fossem ricos, já teriam sido atacados. Por isso só possuem o estritamente necessário" - descrição dos Moken, conhecidos como os Ciganos do Indíco. Os Moken são um povo que vive em embarcações.