
Nos dias de hoje há uma tendência enorme para guardar tudo, revistas para ler mais tarde, calças que agora me ficam apertadas, os mais variados utensilios e geringonças, que aspiramos voltar a usar um dia. Eu próprio durante muito anos guardei montes de coisas na esperança de voltar a usa-las, ou lê-las, mas agora aplico esta máxima - Use it or loose it, a roupa que não uso dou a quem precise dela, os livros que li e não me marcaram tento vendê-los ou oferece-los, entre muitas outras coisas, deixei de acumular montes e montes de tralha sem a miníma utilidade.
Lembro-me de uma interacção de grupos que fiz num curso de linguas, que consistia no seguinte - A nossa casa estava a arder, tinhas tempo para tirar duas ou três coisas, o que tu tiravas? ainda me lembro do que escolhi - o portátil e a prancha de surf, de certeza que não ia buscar o primeiro número da QUO que estava numa caixa debaixo da cama.
A vida só faz sentido se conseguir fazer uma mala em 15 min, por isso é que eu gosto dos nómadas, "os laços que os unem à Terra são efémeros e eles têm poucos bens. Se fossem ricos, já teriam sido atacados. Por isso só possuem o estritamente necessário" - descrição dos Moken, conhecidos como os Ciganos do Indíco. Os Moken são um povo que vive em embarcações.
2 comentários:
hummm... que stress! Eu sou do tipo de pessoa que guarda bilhetes de cinema, concertos, dança... flores... enfim, digamos que se ocorresse aqui um incendio o meu quarto arderia muito bem, com tanta tralha... mas às vezes faço umas limpezas a fundo e jogo a tralha fora!
Quanto à roupa, há já alguns anos que a dou mas se não fossem os ucranianos não seria fácil oferecê-la porque há várias instituições (bem conhecidas e reconhecidas) que só aceitam donativos monetários...
Já te o tinha dito, que grande post este. Um abraço deste teu amigo e companheiro de viagem
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